domingo, 26 de julho de 2009

TÉDIO RELIGIOSO


Já se sabe que o tédio é um estado mental resultante do esforço para manter interesse por uma coisa pela qual não temos o mínimo interesse. Ninguém sente tédio por aquilo de que, em sã consciência, pode retirar-se quando quiser. O tédio vem quando a pessoa tem de esforçar-se para ouvir com gosto o que, por falta de gosto, ela absolutamente não ouve.
Segundo essa definição, é certo que há muito tédio na religião dos nossos dias.
Quando Moisés se demorou no monte, os israelitas se entediaram com a fé que vê o invisível e clamaram por um deus que eles pudessem ver e tocar. E mostraram muito maior entusiasmo pelo bezerro de outro que pelo Senhor, o Deus de Abraão. Mais tarde, cansaram-se do maná e queixaram-se da monotonia da sua dieta alimentar. Com sua petulante insistência, conseguiram carne, e isso representou o fracasso deles.
Os cristãos que pertencem à ala evangélica, por mais de meio século, mostra crescente impaciência com as coisas invisíveis e eternas, assim, exige e consegue uma pilha de coisas visíveis e temporais para satisfação de seu apetite carnal. Sem autoridade bíblica, e sem qualquer outro direito debaixo do sol, líderes religiosos carnais introduziram um batalhão de atrações sem nenhum propósito, exceto o de oferecer entretenimento aos santos atrasados.
Na maioria das igrejas evangélicas é comum agora oferecer ao povo, principalmente aos jovens, o máximo de entretenimento e o mínimo de instrução. Em muitos lugares, raramente é possível ir a uma reunião cuja única atração seja Deus. Só se pode concluir que os filhos de Deus estão entediados com ele, pois é preciso mimá-los com pirulitos e balinhas, na forma de filmes religiosos, de jogos e de refrescos.
Isso influencia todo o padrão da vida da igreja, introduzindo até uma nova modalidade de arquitetura eclesiástica, destinada a abrigar o bezerro de ouro.
A técnica das balinhas ficou tão plenamente integrada em nosso presente pensamento religioso que se tornou ponto pacífico. Suas vítimas nem sonham que isso não faça parte dos ensinamentos de Cristo e seus apóstolos.
Qualquer objeção aos duvidosos procedimentos de nosso atual cristianismo tipo bezerro de ouro topa com a réplica triunfal: "Mas nós os estamos ganhando!" - Ganhando-os para quê? Para o discipulado verdadeiro? Para levar a cruz? Para a abnegação? Para a separação do mundo? Para a crucificação da carne? Para o santo viver? Para a nobreza de caráter? Para o desprezo dos tesouros do mundo? Para uma disciplina pessoal? Para amar a Deus? Para a total entrega a Cristo? Naturalmente, a resposta a todas essas perguntas são negativas.
Pagamos um preço terrível por nosso tédio religioso. E isso no momento em que o mundo corre perigo mortal.

Autor: A.W.Tozer

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